A actual recuperação no mercado das criptomoedas está a espelhar-se no preço da bitcoin, que regressa a máximos de Maio deste ano, acima dos 50 000 dólares.
A bitcoin voltou a superar a barreira dos 50 000 dólares por unidade, um patamar que já não pisava desde meados de Maio deste ano. Depois de três meses a negociar em níveis inferiores, esta moeda digital dá o mote para que todo o mercado deste tipo de activo recupere. Esta que é a maior criptomoeda do mundo está a subir quase 4% durante a sessão asiática, com outros “tokens” como a ether ou a cardano a registarem fortes subidas.
A recuperação das moedas digitais voltou a animar os entusiastas com as projecções a longo prazo a apontarem para uma subida até à casa dos 100 000 dólares por unidade, um valor bastante superior ao máximo histórico atingido pela criptomoeda a meio de Abril deste ano nos 65 000 dólares.
A partir deste nível começaram a surgir várias críticas ao custo ambiental que representava a mineração de bitcoin, com o líder da Tesla, Elon Musk, a deixar de aceitar esta criptomoeda como forma de pagamento apontando para essa razão como justificação. Em simultâneo, a pressão oriunda da China levou a que muitas empresas mineradoras tivessem de fechar portas no país. Algumas mudaram de geografia para países vizinhos, mas outras continuam encerradas.
Até Abril de 2021, a China era o palco para 65% de toda a mineração de bitcoins no mundo, de acordo com a Universidade de Cambridge. E, se uma pequena parte desta mineração é feita com recurso a energia renovável, como o uso da hidroelectricidade em Sichuan, estima-se que a grande maioria seja feita através de carvão.
Mas ao mesmo tempo que o preço da criptomoeda afundava, e que o número de mineradores diminuía, a emissão de novos ativos era mais rentável para que a continuou a criar na rede. De acordo com o portal CoinGecko, que agrupa 9 000 “tokens” e criptomoedas, o actual mercado destes activos vale 2,2 biliões de dólares, quando há um mês valia menos um bilião.