O Serviço Nacional de Migração (SENAMI) registou, semana finda, uma redução no movimento migratório nas fronteiras nacionais terrestres devido a manifestações no reino de eSwatini que faz fronteira com Moçambique.
No geral atravessaram pelo posto de travessia da Namaacha menos 679 viajantes de diversas nacionalidades.
“Neste período atravessaram do posto de travessia da Namaacha 1,456 cidadãos de várias nacionalidades contra 2,135 da semana anterior. A redução do movimento migratório ocorreu numa altura em que se verificava manifestações no território do reino de eSwatini, o que pressupõe que este fenómeno teve uma influência no movimento migratório através daquele posto transfronteiriço”, na província de Maputo, explicou o porta-voz do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), Celestino Matsinhe, em conferência de imprensa sobre o balanço.
Pelo menos 27 pessoas morreram em confrontos com a polícia e dezenas ficaram feridas durante os recentes protestos contra a monarquia absoluta no reino do eSwatini, segundo as autoridades daquele país.
O porta-voz do Serviço Nacional de Migração abordou sobre a situação da travessia do posto da Ponta d’Ouro. Mantêm-se “o braço-de-ferro”, do lado da África do Sul. A fronteira de Kosy-bay fecha aos fim-de-semana, devido a “ausência, aos sábados e domingos, da equipa de saúde sul-africana para validar os testes do covid-19”.
“Aguardamos pela resposta do lado sul-africano sobre o que vai acontecer daqui em diante. A resolução deste caso está inteiramente na mão da contraparte, pois é uma situação que ocorre no território sul-africano. Mas mantemos contacto com e esperamos que estes contactos deem resultados positivos e que essa situação não se volte a registar”.
Durante o balanço semanal, o SENAMI frisou que a deportação de 60 moçambicanos que estavam na África do Sul em situação ilegal não seguiu os tramites legais.