A Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM) vai leiloar cerca de 20 mil toneladas da castanha de caju em Cabo Delgado. Para o efeito, a entidade está a mobilizar os vendedores, os compradores e outros actores de comercialização deste produto de alto rendimento.
Depois da realização da primeira edição do leilão de castanha de caju onde participaram cerca de 60 operadores e compradores, resultando na comercialização de 250 toneladas de castanha e permitindo a arrecadação de 11,76 milhões de meticais, a BMM pretende alargar o seu raio de actuação promovendo o segundo leilão desta cultura de alto rendimento no país.
O evento terá lugar na província de Cabo Delgado, e espera-se atingir, até ao final da campanha agrária 2020-2021, cerca de 20 mil toneladas de castanha de caju.
“Tivemos conhecimento de que a província (de Cabo Delgado) pode vir a ter cerca de 20 mil toneladas nesta campanha (agrária). Então, contamos com a participação dos principais intervenientes da cadeia de valor deste produto de alto rendimento para que possam agregar o volume necessário em sede de leilão”, explicou a Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM), Vitória Paulo.
A iniciativa dos leilões visa dinamizar o mercado de Mercadorias a nível nacional e internacional, promovendo a produção e exportação de bens, e é visto igualmente como uma estratégia de revitalização das indústrias de agro-processamento.
“A nossa esperança é de que esta prática de negócio venha a ser cimentada em cada campanha de comercialização para que possamos ver os fornecedores e os agricultores a melhorarem sua condição de vida”, explicou os objectivos e sublinhou que os procedimentos de leilão são “organizados e transparentes” para evitar especulações de preço do produto.
O calendário de leilões da BMM abrange Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Inhambane e Gaza e inclui outras commodities agrícolas, como o feijão bóer e a soja, ainda em quantidades não especificadas.