O Banco Mundial e agências de desenvolvimento de França, Alemanha e Estados Unidos da América (EUA) anunciaram esta quarta-feira um pacote de 600 milhões de euros para a impulsionar a produção de vacinas contra o covid-19 em África.
O pacote de apoio é destinado à farmacêutica sul-africana Aspen e tem como objectivo impulsionar a produção de vacinas no continente africano contra a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.
“O anúncio do pacote financeiro para a Aspen chegou ao mesmo tempo que os apelos dos governos africanos junto da comunidade internacional para apoiar a cadeia continental de fornecimento de vacinas para responder à covid-19 e aumentar a resiliência a longo prazo do sector da saúde”, refere uma declaração da Corporação Financeira Internacional (IFC, em inglês), do Banco Mundial, citada pela agência Efe.
Da soma dos 600 milhões de euros, 200 provêm do IFC, 156 milhões da instituição financeira francesa Proparco, subsidiária da Agência Francesa de Desenvolvimento, 144 milhões da instituição financeira de desenvolvimento da Alemanha e 100 milhões da agência de desenvolvimento norte-americana.
A Aspen, a maior farmacêutica em África, desempenha já um papel fundamental na produção de vacinas contra o covid-19 no continente, através de um acordo com a Johnson & Johnson para realizar a mistura final e a embalagem da sua fórmula numa fábrica no sudeste da África do Sul.
As vacinas produzidas serão distribuídas pela União Africana, Governo da África do Sul e pelo programa Covax, segundo uma nota emitida pelo Departamento de Estado norte-americano.
África enfrenta atualmente uma terceira vaga do covid-19, estimulada em muitos países pela propagação da variante Delta.
A situação sanitária complicou-se em países como Uganda, Zâmbia e Namíbia, com a África do Sul, que incorpora os maiores números do continente, a serem alguns dos mais afetados em África naquela que é considerada a terceira vaga da pandemia.