A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, lançou o Programa de Acção Regional para Cidades Verdes na África.
Duas cidades de língua portuguesa: Cidade da Praia, em Cabo Verde, e Quelimane em Moçambique participaram da cerimônia de assinatura de uma carta de intenção.
O objectivo é levar soluções inovadoras para as capitais e fazer da rápida urbanização uma chance de construir cidades mais resilientes, mais sustentáveis e com acesso a alimentos saudáveis.
Além das cidades de Moçambique e Cabo Verde, firmaram também Antananarivo em Madagáscar, Kigali em Ruanda, Kisumu e Nairóbi no Quênia.
Pela proposta, as seis cidades já entram na fase piloto com outros mil municípios em todo o globo até 2030.
O diretor-geral da FAO, Qu Dongyu disse que é possível redesenhar as cidades com um sistema mais sustentável e saudável de produção de alimentos, espaços e estilos de vida verdes com trabalho para os cidadãos.
Ele lembra que com políticas e planeamento certos e soluções inovadoras, as comunidades podem construir resiliência e melhorar o bem-estar de todos nos centros urbanos e periferias.
A FAO pediu às autoridades que envolvam os moradores das cidades no projecto, assim como a juventude, a comunidade empresarial e tecnológica para que possam ser criadas estratégias inteligentes de combate à mudança climática.
Atualmente, 55% da população mundial vive em cidades, e este número deve subir para 68% até 2050. A vasta maioria vem de países de renda baixa especialmente na África e na Ásia.