As “deepfakes” são um problema na internet, porque podem ser usadas para manipular ou difamar as pessoas, fazendo-as dizer ou fazer coisas que não disseram ou não fizeram.
De acordo com Tal Hassner e Xi Yin, dois investigadores da rede social que trabalharam no assunto, juntamente com a universidade estadual do Michigan (Estados Unidos), o sistema “facilitará a detecção de ‘deepfakes’ e o seguimento de informações relacionadas”.
O método deverá fornecer “ferramentas para melhor investigar incidentes de desinformação coordenada, que utilizem falsificações profundas”, disseram, citados pela agência francesa AFP.
Para o desenvolvimento do sistema, os investigadores utilizaram uma técnica conhecida como “engenharia inversa”, que consiste em desconstruir o fabrico de um produto ou, neste caso, de um vídeo ou de uma fotografia.
O programa identifica imperfeições acrescentadas durante a edição, que alteram a impressão digital das imagens.
Na fotografia, esta impressão digital pode ser utilizada para identificar o modelo de câmara utilizado; na informática, o objetivo é identificar o sistema de geração utilizado para produzir a mentira.
A Microsoft introduziu, no ano passado, um programa que pode ajudar a detetar falsificações de fotos ou vídeos, um dos vários ‘softwares’ concebidos para combater a desinformação antes das eleições presidenciais americanas.
No final de 2019, a Google tornou públicas milhares de ‘deepfakes’ de vídeo, disponibilizando-as aos investigadores que desejassem desenvolver métodos para detetar imagens manipuladas.