A petrolífera Total reduziu a sua força de trabalho em Moçambique, na sequência do ataque armado de rebeldes contra Palma, sede de distrito do projecto de gás entretanto suspenso em Cabo Delgado.
“Na sequência da decisão de ‘força maior’ devido à situação de segurança no norte de Cabo Delgado, a Total E&P Mozambique Area 1 (TEPMA1)”, operador do projeto de gás (Mozambique LNG), “confirma que reduziu a sua força de trabalho”, disse hoje à Lusa fonte da Total.
Segundo a mesma fonte, a redução foi feita “como discutido com as autoridades e em conformidade com a legislação moçambicana”, sem adiantar mais detalhes – nomeadamente sobre o número de postos de trabalho em causa e de que forma foram reduzidos.
A redução surge depois de a empresa e firmas subcontratadas terem retirado todo o pessoal do local do projeto, na península de Afungi, durante a semana que se seguiu ao ataque em 24 de março à vila de Palma – situada a cerca de 10 quilómetros.
O consórcio do projecto de gás natural liquefeito contava ter nesta altura cerca de 6.000 trabalhadores no local de implantação do projeto, entre funcionários diretos e subcontratados, a larga maioria moçambicanos. Do investimento de 20 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros) – o maior investimento privado em África -, previa-se canalizar 12,5% para empresas locais durante a construção.