Ministro da Defesa moçambicano defendeu neste sábado (05.06) cooperação com Tanzânia para combater terrorismo. Em visita a Harare, Filipe Nyusi debate reativação de comissões mistas entre Moçambique e o Zimbabué.
Enquanto o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, se encontrava neste sábado (05.06) em Harare, no Zimbabué, com o seu homólogo zimbabueno, Emmerson Mnangagwa, para discutir temas de interesse entre esses dois países; em Dar-es-Salaam, o ministro da Defesa moçambicano, Jaime Neto, apontou a cooperação entre Moçambique e a Tanzânia como uma das formas de enfrentar “forças estranhas”.
A frase do ministro da Defesa era uma alusão à criminalidade transnacional e o terrorismo em Cabo Delgado. “Não podemos permitir que a soberania dos nossos Estados seja posta em causa por forças estranhas aos interesses nacionais”, disse, acrescentando: “Como no passado, unimo-nos para pôr cobro às ameaças contra os nossos Estados”.
Jaime Neto falava na sessão de abertura da terceira sessão da Comissão Conjunta Permanente de Defesa e Segurança em Dar-es-Salaam, Tanzânia, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Já a comissão Mista entre Moçambique e Zimbabué será reactivada ainda este ano, anunciou este sábado o Presidente da República, após a reunião que manteve com o Presidente zimbabueano. Esta Comissão deixou de reunir em 2013.
São os primeiros sinais do retomar dos diálogos que pararam há quase oito anos, mesmo existindo temas de interesse. O terrorismo está no topo da agenda, mas não é o único problema comum entre os Estados. “A cooperação tem de ser alimentada com ideias e pensamentos. Nós não podemos resolver um problema, segundo, terceiro…temos que fazer tudo ao mesmo tempo. Temos o terrorismo, mas o desenvolvimento não pode parar”, defendeu o Presidente da República, Filipe Nyusi.