O Grupo das sete maiores economias do mundo está a um passo de responder ao apelo proferido há uns meses por Janet Yellen, secretária do Tesouro de Joe Biden, e garantir um acordo sobre a aplicação de um imposto mínimo global contra as 100 maiores empresas do mundo.
Segundo informações obtidas pela Reuters, as negociações estão a chegar a bom porto, pelo que, ao que tudo indica, o documento pode mesmo ser selado já esta sexta-feira.
Se tal acontecer, a OCDE terá muito pouca margem de manobra para recusar este novo mecanismo tributário e será obrigada a transformar este acordo entre os mais ricos do mundo num tratado global.
As negociações aceleraram, depois de, na semana passada, os EUA terem reduzido a sua proposta de imposto mínimo de 21% para uma taxa efectiva de 15%, de forma a alcançar o apoio internacional.
Do lado da oposição a Washington está Londres e Paris, para quem a soberania tributária e a nacionalização dos impostos são princípios constitucionais fulcrais.
Daniele Franco, ministra das Finanças de Itália, que ao lado da Alemanha é a voz europeia da defesa, e líder actual do G20, elogiou na sexta-feira a jogada diplomática americana: “é bom ter medidas mais próximas da realidade, que se tornam assim um passo importante para a reforma tributária global”.