O gigante dos serviços petrolíferos franco-americanos decidiu seguir a retirada geral da região e de Moçambique iniciada pela Total.
A empresa estava a instalar uma infra-estrutura de recuperação de gás offshore no campo petrolífero de Coral para abastecer as instalações FLNG da ENI (que irá produzir 3,4 milhões de toneladas de LNG por ano). A decisão de retirar todo o pessoal do local seguiu-se à partida dos poucos subempreiteiros da Total também estacionados na cidade.
Recorde-se que, no início de Abril, a Total pediu a todos os subcontratados estacionados em Pemba que abandonassem as instalações. Já a ENI não seguiu o exemplo, porque Pemba fica a várias centenas de quilómetros de Palma e os ataques na zona circundante são ainda relativamente pouco frequentes. Além disso, a Schlumberger e a Baker Hughes, também activas em Pemba, nos serviços do major italiano, decidiram permanecer, por enquanto.
O aviso formal da partida da TechnipFMC colheu de surpresa a multinacional italiana e colocou pressão sobre a operação encabeçada pela ENI, cuja unidade de FLNG que irá ser instalada na Área 4, e que está a ser construída na Coreia do Sul, tendo chegada prevista às águas territoriais moçambicanas para o último trimestre do ano, estava a correr dentro dos timings previstos, sendo mesmo a primeira a entrar em operação e com a primeira exportação apontada para o segundo semestre de 2022.
O receio agora é que esta decisão precipitada possa atrasar o início da produção se os executivos da TechnipFMC não regressarem rapidamente à área. Por agora, o seu pessoal foi deslocalizado para Maputo.