A Tanzânia espera concluir um acordo para um projecto de gás natural liquefeito no prazo de seis meses após a presidente do país ter apelado ao reinício das negociações que tinham estagnado durante mais de um ano.
As conversações para o acordo do governo anfitrião, ou HGA, que irá reger os termos fiscais, legais e comerciais para o projecto proposto de LNG onshore de dois comboios, desmoronaram-se em 2019. Os planos para uma fábrica na costa sul da Tanzânia ligada a campos offshore por gasoduto estão sob proposta desde 2014.
“A equipa de negociação do governo já foi formada antes do reinício das conversações e iremos preparar-nos a partir da próxima semana para reiniciar as negociações com os investidores o mais rapidamente possível”, referiu James Mataragio, director-geral da Tanzania Petroleum Development Corp.
O sentimento dos investidores em relação à Tanzânia ressentiu-se após a administração do ex-presidente John Magufuli ter revisto a legislação mineira e ordenado uma nova renegociação dos contratos. A sua sucessora, Samia Suluhu Hassan, disse aos legisladores na semana passada que as conversações sobre a fábrica de LNG se tinham arrastado demasiado e comprometeu-se a terminá-las rapidamente para que o projecto pudesse ser implementado.
Um dos promotores, a Equinor ASA, assumiu uma deficiência de 982 milhões de dólares no projecto em Janeiro, que, segundo ele, seria reversível, depois de não ter chegado a acordo com o governo da Tanzânia. Outros parceiros do projecto incluem a Royal Dutch Shell Plc, Exxon Mobil Corp., Ophir Energy Ltd. e Pavilion Energy Pte.