O sector empresarial em Cabo Delgado está preocupado e garante estar a tentar efectuar contactos com a petrolífera francesa Total para efectuar o pagamento dos bens e serviços contratados.
O número de empresas nesta situação e os valores envolvidos não foram revelados pelo conselho empresarial de Cabo Delgado.
A suspensão das actividades da Total e a retirada dos seus funcionários da península de Afungi, em Palma, logo após aos ataques de 24 de Março, está a mexer com a classe empresarial.
Para o empresário Ossif Osman “primeiro é preciso saber se retornam, depois em que condições retornam. Quais são as condições que a Total impõe”.
Contudo, as empresas moçambicanas buscam uma aproximação com a petrolífera francesa para que sejam pagos os bens e serviços já contratados.
Júlio Sethy, presidente do conselho empresarial de Cabo Delgado, sublinha que vão “apoiar as nossas empresas, pelo menos, para que sejam ressarcidas com os valores de mercadoria já fornecidas e mercadorias em stock e em trânsito”.
A Total com o maior projecto de investimento em África informou, em comunicado, que o regresso fica dependente da situação de segurança na região.