A Empresa Haiyu Mozambique Mining Company, de capitais chineses, aguarda por inspectores do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural para fiscalização visando à aprovação e concessão de licença ambiental de operação, para o início da exploração de areias pesadas na comunidade de Mpago, no distrito de Moma, província de Nampula.
O responsável do sector ambiental e assessor de imprensa na empresa mineradora, Amilton Maremula, que revelou o facto aquando da visita efectuada semana passada pelo secretário de Estado, Mety Gondola, explicou que para este projecto de exploração de areias pesadas foram investidos milhões de dólares.
Na mina da localidade de Mpago, onde esta empresa se encontra na fase de implantação, serão exploradas 120 mil toneladas por ano, das quais 98% de ilmenita e o restante de zircão.
Neste momento foram instalados os respectivos armazéns, fábrica de separação dos minerais e todas as respectivas dragas, incluindo o aparato oficinal. Maremula disse não haver assentamentos em toda a área de 1 900 hectares onde nesta primeira fase serão exploradas as areias pesadas na comunidade de Mpago.
“As famílias encontram-se muito distantes desta zona e não há espaço para reassentamento, mas há espaço para aspectos de responsabilidade social, uma vez que aquando das reuniões de consulta pública e comunitárias foram feitos vários pedidos à empresa.
Nós respondemos a estes pedidos, que estão na fase de aprovação pelo Governo distrital”, disse Maremula.
O secretário de Estado da província de Nampula, Mety Gondola, prometeu trabalhar com os órgãos de nível central para acelerar a concessão da licença ambiental de operação para permitir que esta empresa inicie a exploração de areias pesadas.
Gondola recomendou a empresa mineira a repovoar as áreas do mangal abatido na orla marítima do distrito de Moma para não comprometer a reprodução de crustáceos, importantes para alavancar a economia nacional.