Os efeitos da pandemia de Covid-19 continuam a pressionar a actividade empresarial, pondo em causa os esforços do sector privado em manter os postos de trabalho, visando garantir a sobrevivência e o bem-estar social da maioria dos moçambicanos.
De acordo com a pesquisa feita pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), até Agosto de 2020, o número de empresas gravemente afectadas pela pandemia e que suspenderam as actividades ascendia a 4300 a nível nacional, sendo que a maior percentagem era das empresas do sector da hotelaria e restauração, que representava 75% do total.
Contudo, a partir do mês de Setembro, com o alívio das restrições, grande parte das empresas começaram a reabrir, o que fez com que este número reduzisse para menos de 25%. De acordo com as estimativas da CTA, o ano de 2020 terá terminado com cerca de 1075 empresas totalmente encerradas devido ao covid-19.
Do ponto de vista sanitário, é indubitável a profunda crise que tem resultado em hospitalizações, mortes e sofrimento, particularmente nesta segunda vaga de infecções, iniciada em Novembro/ Dezembro de 2020.
É neste contexto que a CTA, no quadro das diversas acções que tem desenvolvido desde a eclosão desta pandemia em Moçambique, em Março de 2020, deliberou pela criação de uma comissão para apoiar as empresas por forma a garantir a continuidade do negócio e do processo produtivo, basilares para a estabilidade da economia nacional, num contexto de medidas de restrições impostas pelo alastramento desta pandemia.