As chuvas que têm estado a cair nos últimos dias provocaram a subida dos níveis dos rios, sobretudo na zona Sul do país, onde já há vias de acesso interrompidas.
Com efeito, as águas das chuvas ocorridas na bacia de Umbelúzi, província de Maputo, com um acumulado que supera 100 milímetros, galgaram os drifts de Boane e Mazambanine, interrompendo a circulação de veículos e transeuntes.
Neste sentido, segundo a Administração Regional de Águas do Sul (ARA-Sul), a ligação Boane/Bela-Vista só pode ser feita através da via Mafuiane/Pequenos Libombos ou através da Ponte Maputo/KaTembe.
O Governador da província de Maputo, Júlio Parruque, prometeu, após visitar a região, alocar um barco a Catuane, distrito de Matutuíne, para permitir o abastecimento em alimentos, medicamentos e o transporte das pessoas.
Através do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), estão a ser alocadas três embarcações para ligar a vila-sede distrital da Manhiça e a localidade de Calanga (uma já está operacional) e outras duas para o distrito de Magude.
Em Gaza, a subida do caudal do rio Limpopo interrompeu o troço Caniçado-Chinhacanine, partes das vias Caniçado/Mapai/Chicualacuala e Caniçado/Chivongoene, esta última não classificada e sob gestão do governo distrital.
Para contornar o obstáculo, de cerca de quatro quilómetros, para chegar a Chinhacanine, recorre-se à via Chókwè-Macarretane, num percurso de 64 quilómetros ou de barco.
Depois de um roteiro de monitoria pela província de Maputo e Gaza, no sábado, o director-adjunto da Administração Nacional de Estradas (ANE), Adérito Guilamba, garantiu, porém, que a rede viária (a Estrada Nacional Número Um – EN1), desde Incoluane a Zandamela, bem como Macia-Chókwè, Chissano-Chibuto, Chibuto-Guijá e Chongoene-Chibuto está em condições.
No entanto, na zona Norte, há o registo da interrupção da Estrada Nacional Número 13 (EN13), em Ribáuè, província de Nampula, condicionando a ligação entre Nampula e Niassa.
A interrupção da ligação na EN13, integrada no Corredor de Nacala e espinha dorsal para o desenvolvimento sócio-económico da região norte de Moçambique, ocorreu na sexta-feira, em resultado do assentamento acentuado do pilar central e consequente desnivelamento dos tabuleiros da ponte sobre o rio Natete, a 25 quilómetros da vila-sede de Ribáuè, em Nampula. O facto provocou enormes filas de veículos de um e do outro lado do rio.
O delegado provincial da ANE, em Nampula, Agostinho Notece, disse que a solução imediata poderá ser a montagem de uma ponte metálica, o que poderá resultar na limitação da carga a transportar.
Este é o primeiro corte da estrada que se regista depois da recente conclusão das obras do troço Ribáuè/Malema.