As obras de construção daquela que será a primeira unidade industrial de produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), vulgo gás de cozinha, deverão ser erguidas este ano na província de Inhambane.
Trata-se de uma fábrica com capacidade de produção de 30 mil toneladas de GPL por ano, o que levará o país a reduzir substancialmente, as importações deste recurso.
O Instituto Nacional de Petróleo (INP) refere que a construção da unidade de produção de gás de cozinha resulta da revisão do Plano de Desenvolvimento da SASOL, multinacional sul africana que opera os campos de Pande e Temane na província de Inhambane.
“O governo aprovou, em Setembro último, a emenda ao Plano de Desenvolvimento dos Jazigos de Inhassoro, Temane e Temane-Este do Contrato de Partilha de Produção apresentado pela multinacional, que será a mesma a assegurar o início da construção da infra-estrutura que vai albergar o projecto ainda este ano”, frisa o INP em comunicado.
De referir que o desenvolvimento do projecto, visto como estratégico pelo facto de, neste momento, Moçambique estar dependente exclusivamente de importações, ficando exposto às oscilações do mercado internacional, aliado ao facto do país não dispor de grandes capacidades de armazenamento, ganhou relevância com a descoberta de petróleo leve na região de Inhassoro.
Para a concretização da primeira fase do empreendimento, a Sasol estimou em cerca de 1,4 mil milhões de dólares o valor por investir que incluiu a perfuração de treze poços localizados próximo da central de processamento existente em Temane, também no distrito de Inhassoro.
O INP destaca ainda que com o desenvolvimento de projectos de gás no país, o Governo tem estado a maximizar os ganhos decorrentes da exploração de hidrocarbonetos, assegurando que mais cidadãos possam beneficiar destes recursos e de forma cada vez mais significativa.