Criado por dois jovens engenheiros moçambicanos, o aplicativo Moogle apresenta-se, nada mais nada menos do que um “revolucionário” meio de pagamento electrónico em supermercados, táxis e restaurantes. E tudo, claro, sem contacto físico, como hoje está em voga.
Descontando o exagero evolutivo da descrição da app feita pelos próprios jovens inventores, e não sendo revolucionária de facto, ela pode ser uma boa solução.
“É uma mais-valia em tempos de distanciamento social, por causa da pandemia, defende Kim Cruz, gestor do aplicativo. Considerado um super-aplicativo, o Moogle congrega, até agora, vários serviços que vão desde as compras nos supermercados até ao transporte de pessoas e mercadorias.
“Desenhámos esta app para prover quase 60 serviços, mas, neste momento, limitamo-nos ainda a ser um sistema de pagamento nos supermercados, restaurantes, serviços de táxi, de reboque e ambulâncias”, sublinha o gestor.
Os dois engenheiros que encabeçaram o desenvolvimento desta app explicam que a ideia de conjugar vários serviços, dando opções ao consumidor, mas abrindo janelas de oportunidade também para quem vende produtos, dão o retalho como exemplo.
“Através do Moogle, os gestores dos supermercados têm a oportunidade de expor os seus produtos para os 25 mil utilizadores da plataforma Pay Tech do sistema Metro Bus que é o aplicativo-mãe da Moogle”, explicam Edy Barrote e Kleyton Macatange.
Para usar esta app, primeiro, o cliente “tem de descarregá-la para o sistema Android ou IOS, depois escolher o serviço que pretende usar. Se for para o supermercado, escolhe a loja que esteja dentro da plataforma em que pretende comprar, faz as compras, tem acesso ao valor a pagar e ainda pode solicitar o transporte.
O custo total será descontado no seu cartão Pay Tech. E depois, através da plataforma, o cliente pode acompanhar todo o processo de compra e transporte dos produtos, trajecto utilizado e estimativa de tempo de chegada, em tempo real até à porta de sua casa”, revelam.
Os dois jovens consideram “até agora satisfatória” a adesão a este serviço, enunciando estar “desde já a trabalhar na promoção e divulgação”, uma área onde muitos jovens empreendedores com boas ideias acabam por falhar no mercado nacional.
Por isso mesmo, não cobram qualquer taxa às empresas que queiram a plataforma o que, não sendo bom para o negócio, o tem impulsionado ao nível da base de clientes e parceiros. “Estamos a fazer agora um trabalho comercial, não é altura de rentabilizarmos. Esperemos que numa segunda fase possamos monetizar o serviço”.
Até aqui, 16 empresas foram registadas na plataforma, sendo os restaurantes em maior número e depois os supermercados. O objectivo? “A sua massificação perspectivando ter pelo menos 100 mil usuários até finais de 2021”