O Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, anunciou que a recuperação económica pós-pandemia do seu país irá assentar num modelo renovado de Estado Social baseado em três vectores: aposta forte no digital, nas politicas ambientais e no reforço das protecções sociais.
O Korean New Deal – como ficou conhecido – prevê um plano de acção até 2025, mas a administração Moon pretende que o projecto “defina os próximos 100 anos” do país. Inspirado no New Deal do presidente norte-americano Franklin Roosevelt e com objectivos idênticos aos do Pacto Ecológico Europeu, o Korean New Deal é o primeiro pacote de medidas, num país do Extremo Oriente, que se propõe combater a crise climática e reformar a economia.
No discurso de apresentação do Korean New Deal, Moon Jae referiu:“Eliminar as desigualdades e completar a transição para uma sociedade inclusiva” são os pré-requisitos da “grande transformação” do país. Para este fim, o Korean New Deal estruturar-se-á em três pilares: Digital New Deal, Green New Deal – eixos centrais – e ainda o Reforço do Estado Social.
Até 2025, o Governo sul-coreano prevê um investimento de cerca de 118 mil milhões de euros divididos entre inovação digital, transição ecológica e protecção social. No que diz respeito Digital New Deal, o foco estará na facilitação do consumo online e do trabalho remoto, na modernização das infraestruturas de ensino e na digitalização de outras, como transportes públicos, tratamento de águas e administração pública (e-government).
Os objectivos da transição ecológica são idênticos aos do Pacto Ecológico Europeu. Devolver o verde às cidades, expandir e descentralizar redes de energia de baixo carbono, e construir ecossistemas industriais que sirvam de base para uma indústria verde e inovadora.
Moon Jae-in refere-se ao Korean New Deal como “a grande transformação” da Coreia do Sul para “os próximos 100 anos”. Para garantir a protecção dos trabalhadores num momento de mudanças estruturais, parte do financiamento do Korean New Deal será destinado a programas de apoio social.
A prioridade do Governo é estabelecer um sistema de segurança no emprego para trabalhadores de sectores “não-tradicionais” (tais como artistas e freelancers), e alargar o investimento nas camadas mais desfavorecidas.