A China certificará sua transformação na maior economia do planeta em 2028, cinco anos antes do estimado, graças à “habilidade” com que tem gerido a crise do novo coronavírus que teve, ainda assim, um impacto relativo nas grandes empresas nas economias ocidentais, segundo a última edição da Liga Económica Mundial, elaborada pelo Centro de Pesquisa Económica e Empresarial (Cebr).
“A gestão habilidosa da pandemia e os impactos do crescimento de longo prazo no Ocidente implicam uma melhoria no desempenho económico relativo da China, que superará a economia dos EUA em 2028, cinco anos antes do que pensávamos o ano passado”, observam os responsáveis pelo estudo, citados pela ‘Europa Press’.
Os analistas preveem um crescimento anual do PIB chinês de 5,7% entre 2021 e 2025, enquanto nos próximos cinco anos moderará para 3,9% ao ano.
Assim, a China destronará os Estados Unidos do topo do ranking em 2028, onde ficará ao longo do horizonte desta previsão, que vai até 2035, enquanto a economia americana permanecerá na segunda posição no ranking apesar de estar igualmente ameaçada pela ascensão da Índia, que fechará 2020 como a sexta economia mundial, mas que a partir de 2030 se tornará a terceira economia mundial.
De acordo com as projecções do Cebr, até 2035 a mudança de equilíbrio da economia mundial vai consolidar-se com a ascensão de outras economias do BRIC, como a Indonésia, que passará para a oitava posição (15.ª em 2020); o Brasil, que em 2035 será a nona economia mundial (12.ª) e a Rússia que alcançará a décima posição (11.ª).
Entre as grandes economias ocidentais, a Alemanha perderá sua actual quarta posição no final da década e a partir de 2030 será a quinta economia mundial, enquanto o Reino Unido cairá de 2025 para a sexta posição, uma abaixo da actual, apesar da incerteza sobre o impacto do ‘Brexit’. A França conseguirá manter a sétima posição ao longo do período.