Várias irregularidades nas normas de transporte de passageiros foram constatadas nesta segunda-feira no Terminal Internacional da Junta, na cidade de Maputo. Trata-se de atropelos à linha de orientação para a prestação dos serviços de transporte de passageiros a partir daquele terminal, vistos pela vice-ministra dos Transportes e Comunicações (MTC), Manuela Rebelo.
Destacam-se entre as anomalias a especulação dos preços, inobservância das medidas de prevenção do covid-19, falta de termómetros de medição de temperatura corporal dos passageiros, não higienização das mãos, má colocação de máscaras faciais, mau preenchimento de listas de viajantes, viaturas sem documentação regular, retenção de passageiros por muitas horas no interior das viaturas na praça e falta sistemas de ventilação.
A constatação foi feita durante a visita-relâmpago que Manuela Rebelo efectuou para aferir o grau de gestão do terminal rodoviário da Junta, depois de ter ficado a saber de casos de especulação de preços.
A governante disse que as irregularidades constatadas na “Junta” anulam o esforço conjunto, empreendido pelo MTC, Conselho Municipal da cidade de Maputo e Associação dos Transportadores (AMOTRAS), durante os encontros que mantiveram para definir estratégias, visando facilitar a mobilidade de viajantes a partir daquele terminal.
Na inspecção efectuada aos veículos, Manuela Rebelo abortou a viagem de uma viatura e mandou transferir os passageiros para outro carro, por falta de documentação regular e por ter retido passageiros por muito tempo, contra as orientações de que no máximo os viajantes deviam permanecer na praça até 60 minutos.
“É doloroso manter o passageiro na viatura desde as 19.00 horas de ontem até às 7.00 horas de hoje enquanto devia permanecer na praça no máximo uma hora”, disse.
Criticou os gestores do Terminal, pelo facto de estarem a contrariar o plano desenhado para a quadra festiva.
Segundo Paulo Muthisse, vice-presidente da AMOTRAS, a especulação em causa não aconteceu na praça, mas sim, nas imediações da Junta, onde no lugar da tarifa de 300 meticais para Gaza, o acusado cobrava 500 meticais, uma acção imediatamente abortada pelas autoridades.