Doze profissionais da área de Pilotagem de Barras e Portos estão desde terça-feira a ser formados pela Escola Superior de Ciências Náuticas, uma acção que visa dinamizar o processo de cabotagem marítima recentemente lançada no país.
Os pilotos de barra são pessoas que trabalham como conselheiros dos comandantes de grandes navios nas manobras de entradas e saídas nos portos.
O Ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai, afirmou que a formação, cuja duração é de um ano e meio, irá contribuir para o aumento da capacidade de resposta às necessidades em pilotos de barra a nível nacional, face à demanda decorrente também do desenvolvimento dos projectos de gás e petróleo.
A formação enquadra-se no âmbito de um memorando de entendimento assinado entre a Escola Superior de Ciências Náuticas e a Nacala Logistics.
Para o ministro, uma vez formados, os profissionais irão reforçar a capacidade humana nos serviços marítimo-portuários e permitir que o país disponha de quadros para a sucessão da mão-de-obra estrangeira, num contexto em que o Governo está a relançar o transporte marítimo de mercadorias, fazendo ligações efectivas e reduzir as assimetrias entre as regiões Sul, Centro e Norte.
O projecto da revitalização da cabotagem marítima é uma iniciativa do Governo moçambicano, inscrita no Programa Quinquenal do Governo (2020-2024), com o objectivo de reduzir os custos de transporte de mercadorias no país e a consequente redução dos preços ao consumidor final, dinamização da comercialização agrícola, particularmente o escoamento dos cereais produzidos entre as regiões do país.
Assim, desde o relançamento da cabotagem marítima, em Junho último, foi feita uma interligação dos portos nacionais, através de dois navios com capacidade de 260 contentores e 450 toneladas de carga, respectivamente.
De acordo com as autoridades moçambicanas, a cabotagem marítima e a produção agrícola têm estado a permitir o incremento das trocas comerciais e a garantir que os produtos cheguem aos consumidores finais a preços acessíveis.