A perder dinheiro a um ritmo alarmante, de cerca de 125 milhões de dólares por mês, a operadora de cinema do mundo AMC Entertainment assinou um acordo para receber 100 milhões, já no próximo dia 15 de Janeiro, segundo anunciou a empresa, na sexta-feira, sem deixar de sublinhar que ainda precisa de muito mais para sobreviver até 2021.
A AMC, a maior rede de cinemas do mundo com mais de 1000 espaços, revelou em comunicado ao regulador, que receberá este montante graças a um acordo de financiamento de dívida com a Mudrick Capital Management, com sede em Nova Iorque, notícia a ‘Forbes’.
Como parte do acordo, Mudrick converterá 100 milhões de dólares em cerca de 13,7 milhões de ações da rede de cinemas (actualmente avaliadas em quase 57 milhões de dólares) e a empresa também receberá um adicional de 8,2 milhões de acções (avaliadas em 34 milhões de dólares), assumindo ainda o compromisso de emprestar mais dinheiro à AMC.
Apesar deste ‘balão de oxigénio’, a AMC alertou que, se não levantar mais financiamento, estima que os recursos existentes se esgotem já no próximo mês. “Para permanecer viável até 2021”, a AMC prevê precisar de pelo menos 750 milhões de dólares em financiamento adicional para atender às necessidades atuais de caixa, como o aluguer e o pagamento de juros, detalhou ainda a empresa.
Embora o mercado tenha ficado quase estável, as acções da AMC subiram 0,6% na sexta-feira após o anúncio, mas ainda assim já caíram cerca de 45% este ano.