A agência de notação financeira reviu em alta as suas perspectivas económicas globais para este ano, 2021 e 2022. Para a zona euro, espera uma queda de 7,6% este ano, seguida de um crescimento de 4,7% em 2021.
A Fitch está mais oPtimista para a economia mundial com a perspectiva de uma vacina para o covid-19 e reviu em alta a sua estimativa de crescimento para a economia mundial este ano: de uma queda de 4,4% para uma queda de 3,7%.
Esta revisão acontece apesar de esperar por um agravamento da economia na zona euro devido às restrições impostas pelos governos perante a segunda vaga da pandemia do covid-19.
Para a zona euro, a Fitch espera que a economia da zona euro recue 7,6%, como já tinha assinalado em Novembro. “Isto é menos do que o recuo de 9% que já tínhamos previsto em setembro e reflete a surpresa muito positiva” da economia no terceiro trimestre, sublinham. Para o quarto trimestre, a agência espera uma queda de 3,6%.
“A recuperação global está a ser mais acidentada do que o esperado à medida que a segunda vaga impõe novas restrições, mas as notícias sobre a vacina são muito positivas para a perspectiva económica nos próximos dois anos”, disse o economista chefe da Fitch, Brian Coulton, em comunicado.
Desta forma, a Fitch reviu em alta a sua perspectiva para 2021, esperando agora um crescimento de 5,3%, mais 0,1 pontos face à anterior. No entanto, a agência reviu em baixa a sua previsão de crescimento para a zona euro – de 5,5% para 4,7% – pelas restrições que ainda vão continuar na Europa nos meses de inverno, logo no início de 2021, que vão afetar a economia.
Para 2022, a Fitch também reviu em alta a sua previsão de crescimento global – de 3,6% para 4,0% – refletindo o fim das medidas de restrições devido à vacina.
Na zona euro, a agência prevê um crescimento de 4,4% – face aos anteriores 3,2% – impulsionado com a chegada dos fundos europeus que deverão “providenciar um forte impulso ao investimento público”.
Olhando para 2021, a Fitch aponta que problemas ou atrasos na entrega das vacinas são um dos maiores riscos para a sua previsão e podem resultar em mais restrições e a continuação do distanciamento social, “pesando fortemente no PIB”.