As autoridades pesqueiras apreenderam e destruíram mais de 100 artes nocivas de pesca, numa operação levada a cabo durante o mês passado, na albufeira de Cahora Bassa, na província de Tete. Tais artes eram constituídas maioritariamente por redes mosquiteiras que eram usadas por operadores artesanais, o que representa um atentado contra a preservação de espécies.
De acordo com semanário “Domingo”, em Daqui, distrito de Cahora Bassa, junto à albufeira, o coordenador da área de Fiscalização Pesqueira nos Serviços Provinciais de Actividades Económicas, em Tete, Óscar Caetano, disse que a operação, financiada pelo Ministério do Mar, Águas do Interior e Pescas, visa essencialmente disciplinar o exercício da actividade.
Trata-se de uma iniciativa inserida nos esforços para aprimorar o ordenamento da pesca artesanal, por forma a incrementar os benefícios para as comunidades pesqueiras e para o país.
“A pesca é uma importante fonte de proteína animal e de emprego e para a sua sustentabilidade ela deve ser exercida obedecendo regras. É por isso que estamos a trabalhar na albufeira de Cahora Bassa para disciplinar a pesca artesanal e semi-industrial da kapenta’’, disse. Acrescentou que a monitoria da pesca na albufeira passa a ser permanente abrangendo toda a área inundada, nomeadamente os distritos de Cahora Bassa, Mágoè, Marávia e Zumbu, para melhorar a organização dos operadores e controlar a qualidade de pesca, o material usado, incluindo as qualificações das embarcações e licenças.
“Encontrámos, durante a fiscalização, indivíduos a usar embarcações de grande calado e canoas sem licença, redes não autorizadas, além da falta de sistema de segurança e meios de salvação e recurso à mão-de-obra infantil’’, apontou Caetano.