A petroquímica Sasol anunciou, há dias, que está à busca de uma parceria para as actividades de engenharia, aprovisionamento e construção de condutas de transporte de gás, no âmbito dos projectos previstos no Contrato de Partilha de Produção (CPP) em Moçambique.
Em 2016, segundo o Jornal Notícias, o governo moçambicano aprovou o Plano de Desenvolvimento (PdD) da Sasol, de forma a viabilizar a implementação do projecto de produção de petróleo leve, gás de petróleo liquefeito (GPL) para o mercado doméstico e gás natural para o projecto de geração de energia.
A implementação do PdD inicial previa a perfuração de 12 poços de desenvolvimento, dos quais sete para a produção de gás natural, assim como a aquisição sísmica na parte norte do campo de Inhassoro.
Como resultado da aquisição sísmica e perfuração de nove poços, dos quais sete para petróleo leve e dois para gás, constatou-se que as quantidades de petróleo leve nos depósitos de Inhassoro G6 e Inhassoro G10 são inferiores em cerca de 41% e 94%, respectivamente, e a descoberta de novos depósitos obrigou a reformulação dos pressupostos do PdD.
Face aos resltados das acções de implementação do PdD, a Sasol submeteu em Fevereiro deste ano não a proposta de Emenda ao Plano de Desenvolvimento para aprovação.
Com o Desenvolvimento Integrado, prevê-se a produção de 420 MW de energia para o aumento da disponibilidade da energia no país, quatro mil barris por dia de petróleo leve para exportação e 30 mil toneladas por ano de gás de petróleo liquefeito (GPL) para o mercado nacional.
Em relação às infraestruturas, prevê-se a construção de uma nova unidade de processamento de petróleo leve e gás, que irá processar 30 mil toneladas por ano de GPL e quatro mil barris por dia de petróleo leve estabilizado.
Os recursos recuperáveis tiveram um acréscimo de cerca de 68%. A inclusão de novos depósitos culminou com o aumento quantidade de recurso recuperável de gás natural. E tendo em conta todos estes desenvolvimentos que, segundo a Sasol, torna-se necessário construir uma nova instalação para o processamento do petróleo leve, gás e GPL, assim como infraestruturas de superfície a ela associadas na área de Temane, na província de Inhambane.