Fiscais do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, na província de Inhambane, apreenderam, desde o início do ano até Outubro último, 28 barcos e os respectivos equipamentos de pesca usados durante a actividade em áreas de protecção.
Criado em 1971, o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto compreende cinco ilhas, nomeadamente Santa Carolina, Benguerrua, Magarugue, Bangue e Bazaruto e toda área adjacente, num espaço total de 140 mil hectares.
O parque iniciou com a colocação de demarcações físicas da área, com o objectivo de sinalizar os seus limites. Para o efeito, foram adquiridas 29 boias de sinalização, a um custo total de 86 245,45 dólares (6,3 mil milhões de meticais) que serão ancoradas ao longo do perímetro.
Com estes sinais limítrofes espera-se ultrapassar os conflitos entre autoridades de conservação e comunidades locais, sobretudo as pesqueiras, facilitando em simultâneo o trabalho da equipa de fiscalização do parque.
A cerimónia de lançamento das boias decorreu na costa da cidade de Vilankulo e foi dirigida pelo governador de Inhambane, Daniel Francisco Chapo, para quem é preciso fazer muito mais do que apenas colocar limites.
Daniel Chapo lembrou que na gestão do parque foram sempre encontradas dificuldades por falta de limites físicos, o que complicava ainda mais o trabalho de fiscalização.
O Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto é uma área de conservação de domínio público do Estado e a primeira área de conservação exclusivamente marinha no país, criada com o objectivo de proteger a biodiversidade marinha e terrestre baseado no uso racional dos recursos naturais e protecção de espécies em vias de extinção, promovendo um turismo responsável em benefício das presentes e futuras gerações.
Nas áreas de conservação do parque existem cerca de 250 dugongos, para além de cinco espécies de tartarugas marinhas e raias, segundo o administrador do parque.