As despesas da Sasol com a sua licença do Acordo de Partilha de Produção (PSA) em Inhambane irão diminuir para quase metade do valor inicialmente estimado (1,77 mil milhões de dólares), para 984 milhões de dólares, ao abrigo de um plano de desenvolvimento alterado aprovado pelo Governo de Moçambique no final de Setembro.
O novo plano reflecte que a produção de gás ao longo da vida do projecto será dois terços superior ao que a Sasol tinha
previsto em 2016, mas que a produção de petróleo leve será cerca de um quinto das expectativas iniciais. “A expectativa inicial era de recuperar um total de 556 mil milhões de pés cúbicos (bcf) [de gás]… enquanto a expectativa actual é
para recuperar um total de 93S bcf”, disse na semana passada um porta-voz do regulador petrolífero de Moçambique, INP.
A maior parte do gás irá para o projecto de energia Central Térmica de Temane (CTT) de 420 MW, em desenvolvimento pela Globeleq e Eleqtra. Espera-se que o projecto de 700 milhões de dólares tenha o financiamento aprovado até ao final deste ano.
Já a produção de petróleo leve dos depósitos de Inhassoro e Temane no PSA deverá ser de 12 milhões barris (MMb) ao longo do tempo de vida do projecto – versus uma estimativa inicial de produção de S5MMb.
No pico de produção, a empresa espera produzir 4000 bbl/d de Petróleo leve – em vez do esperado para 1 bbl/d – sendo essa produção dedicada inteiramente à exportação.
Recorde-se que o plano inicial de desenvolvimento da Sasol, aprovado em Fevereiro de 2016, incluía 13 poços de desenvolvimento de perfuração no Reservatórios Inhassoro, Temane e Temane-East, bem como a construção de novas infra-estruturas e o processamento de líquidos na unidade. A empresa já gastou 373 milhões de dólares a desenvolver a licença.