A Electricidade de Moçambique (EDM) gasta, actualmente, 27,6 mil milhões de Meticais, para comprar energia eléctrica a diferentes fornecedores. Mas, segundo projecções do novo Plano de Negócios da empresa, o custo irá duplicar até 2024.
“O custo total acumulado de oferta de energia está projectado para crescer cerca de 107%, em cinco anos, passando dos actuais 27,672 milhões de Meticais, em 2019, para 57,364 milhões de Meticais, em 2024”, refere o plano da EDM.
Este crescimento é resultado do aumento significativo da oferta de energia adquirida dos produtores independentes, cujo custo está projectado para aumentar de 16,7 mil milhões, em 2019, para 47,9 mil milhões de Meticais, em 2024, um crescimento de cerca de 187%.
O documento refere ainda que o aumento de encargos de aquisição da corrente eléctrica se irá dever também à dotação adicional de energia pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), cujo custo projecta-se que cresça em cerca de 26% nos próximos cinco anos, dos actuais 3,5 mil milhões de Meticais, em 2019, para 4,4 mil milhões de Meticais, em 2024.
Para além dos diferentes produtores independentes e da HCB, a EDM também adquire energia importada. Mas, neste quadro, a empresa prevê que o custo caia 65% até 2024, ao passar de 2,2 mil milhões de Meticais despendidos, em 2019, para 806 milhões de Meticais, em 2024.
A EDM não só compra dos fornecedores, também gera energia eléctrica. Com a geração própria, a empresa espera ver o custo baixar 5%, de pouco mais de 5 mil milhões de Meticais em 2019, para 4 mil milhões de Meticais em 2024.
“As projecções de oferta de energia apontam para um crescimento acumulado da disponibilidade em cerca de 50%, sendo que o volume de energia passará dos actuais 7,103 GWh, em 2019, para 10,644 GWh, em 2024”, lê-se no plano de negócios da EDM, 2020 a 2024.
Lembre-se, do recém-publicado Plano Quinquenal de Negócios da empresa, consta que a EDM prevê investir 1,6 mil milhões de dólares a serem aplicados na geração de energia, expansão e melhoria da rede eléctrica nacional.
Com este investimento, espera, nos próximos cinco anos, lucrar cumulativamente 269 mil milhões de Meticais, valor que é 40,3 mil milhões de Meticais acima do activo total actual da empresa. O lucro é justificado, principalmente, pelos reajustes das tarifas durante o quinquénio.