A China já é a segunda maior economia do mundo com um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 14 biliões de dólares, reflectindo assim o forte crescimento vivido nas últimas décadas, aliado à estagnação da zona euro (13,4 biliões de dólares), segundo estimativas do JP Morgan.
Os Estados Unidos continuam a ser a primeira economia global com um PIB de 21,3 biliões de dólares, distância que ainda é relevante, mas que o banco estima que este ano seja significativamente reduzida face à “explosiva” recuperação da economia chinesa da crise do covid-19.
Sobre a transformação da China, esta análise destaca que em menos de 40 anos, passou de um país predominantemente agrário, com 250 dólares de renda ‘per capita’, para um gigante industrial com renda superior a 9 mil dólares em paridade de poder de compra. O desempenho da indústria leve parece estar no auge, e Pequim pretende seguir os passos do Japão ou da Coreia do Sul e tornar-se uma economia líder, deslocando as grandes potências ocidentais.
Assim, em 2019 os EUA continuaram a ser a maior economia mundial com um peso de 27,3% no PIB mundial. Após anos de crescimento acelerado, a China (17,9%) ultrapassou a área euro (17,1%), passando para o segundo lugar. O Japão (6,5%) está em quarto lugar, enquanto a Índia (3,7%) lidera o Reino Unido (3,6%), completando o ‘top 5’.
Juntos, estes cinco principais países respondem por quase três quartos de toda a produção mundial (PIB) de bens e serviços. Reino Unido, Brasil, Canadá, Rússia e Coreia completam o top 10.
Ao analisar os grandes movimentos da participação no PIB global, o relatório evidencia que os EUA, China e Índia registram os maiores avanços na participação no PIB nominal global em 2019, embora por motivos diversos.
No caso dos Estados Unidos, o dólar teve papel relevante. A força do ‘dólar’ em relação a outras moedas joga a favor, já que a produção ou PIB de todos os países é convertida em dólares. No caso da China, os especialistas do JP Morgan destacam o forte crescimento que o país acumula há anos, que apesar de ter desacelerado desde 2007, continua a ser muito superior ao crescimento mundial. A Índia, por sua vez, ganhou participação no PIB mundial graças ao crescimento económico, mas também ao aumento da inflação (soma do PIB nominal).
Os especialistas estimam ainda que o peso do PIB mundial da China suba 1,1 ponto – ultrapassando 19% em 2020. Os Estados Unidos não devem perder muito neste ranking. O avanço da China provavelmente ocorrerá, mais uma vez, às custas da zona euro, juntamente com perdas no Reino Unido e na Índia.