O Noroeste da Tunísia é conhecido como “o país verde”. São no total quatro províncias ( Béja, Kef, Jendouba e Siliana) situadas numa região montanhosa que se distingue pela abundância de água, daí o nome de muitas das aldeias e vilas começarem por Aín, que em árabe quer dizer nascente, ou Hamam, que significa banhos.
Entre as muitas atracções do Noroeste estão as ruínas de Dougga, cidade romana com 2500 anos. Fica a cerca de uma centena de quilómetros de Tunes, a capital, e também da antiga Cartago, cidade fundada pelos fenícios e que chegou a desafiar o Império Romano.
Para cada uma das quatro províncias do Noroeste há sempre uma sugestão de visita. Assim, em Béja, Téboursouk, com a mesquita a ostenta um minarete de arquitectura andalusa, Testour, curiosa pelo relógio no minarete cujos ponteiros rodam em sentido inverso, e claro Dougga, Património da Humanidade segundo a UNESCO; no distrito de Kef, encontra-se a muralha da era otomana.
Imperdível é a Mesa de Jugurtha, montanha com topo plano que se ergue a mais de 1200 metros e que é uma fortaleza natural (Jugurtha, príncipe berbere, tentou aí resistir aos romanos); em Jendouba pode-se visitar a vila costeira de Tabraka, que acumula vestígios de várias civilizações incluindo uma fortaleza genovesa, Ain Draham, cuja floresta se cobre de neve no inverno, e Bulla Regia, plena de monumentos romanos; no distrito de Siliana o destaque vai para Makthar, com o seu fórum romano e um arco do triunfo que datam da época de Trajano.
O Noroeste tunisino também tem tradição de produzir bom azeite e bom vinho (legado romano, que coexiste com um islão tolerante).