“Esse [a poluição] é um dos nossos grandes desafios ambientais e a empresa está ciente disso“, afirmou Maurício Simbine, do departamento de Ambiente da mineradora brasileira.
Maurício Simbine falava aos jornalistas, à margem de uma visita do ministro dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Max Tonela, à mina da Vale no distrito de Moatize, província de Tete, no interior oeste do país.
Simbine avançou que os meses de Setembro, Outubro e Novembro registam uma “situação mais crítica” em termos de emissões de poeiras resultantes da produção de carvão na mina a céu aberto da Vale, em Tete, porque é uma época de ventos na região.
“A actividade de mineração tem inerente a emissão de poeira, mas a intensidade com que isso acontece varia consoante a época, o dia e as condições climatéricas”, declarou.
Maurício Simbine não deu detalhes sobre a quantidade de emissões que a empresa produz, mas assegurou que a empresa instalou uma rede de monitorização de qualidade do ar ao redor das instalações da empresa.
Temos instalado um sistema de aspersão de água, que vai sendo acionado periodicamente, para mitigação
“São equipamentos de ponta que conseguem fazer a medição e o monitoramento contínuo da emissão de poeira”, destacou Maurício Simbine.
Apesar de reconhecer que a poluição continua a ser um grande obstáculo na actividade da empresa, Simbine frisou que as emissões reduziram-se significativamente por força da introdução de tecnologias de contenção de poeiras.
“Temos instalado um sistema de aspersão de água, que vai sendo acionado periodicamente, para mitigação”, avançou.
O mesmo sistema, continuou, é replicado em vários outros pontos que são fontes de poeiras, acrescentou.
A administradora de Moatize, Maria Torcida, disse que a tecnologia de controlo de emissão que a Vale introduziu eliminou “as ondas de poeiras” que se viam regularmente em Moatize e reduziu também a preocupação em relação ao impacto da actividade da empresa.
“A população sente que a empresa está a fazer um grande esforço, a empresa está a dar o seu máximo”, afirmou Maria Torcida.
A administradora assinalou que foi feito um inquérito de saúde a 10 mil habitantes de Moçambique e não foram detectadas doenças resultantes de poluentes, mas sim diagnosticadas complicações de saúde associadas a outras doenças.
Agência Lusa