Pela primeira vez, em 25 anos de história, a Organização Mundial do Comércio (OMC) vai ser liderada por uma mulher, avança a ‘CNN’.
Segundo adiantou a Organização, esta quinta-feira, o número de candidatos que competem para o cargo de director-geral da OMC, eleito no final deste ano, foi reduzido a Ngozi Okonjo-Iweala da Nigéria e a Yoo Myung-hee da Coreia do Sul.
Uma destas duas senhoras substituirá Roberto Azevedo, que renunciou um ano antes do planeado, em agosto, depois de a OMC ter siso envolvida na escalada da luta comercial entre os Estados Unidos e a China.
Okonjo-Iweala é economista e ex-ministro das finanças da Nigéria. Passou 25 anos no Banco Mundial, onde se tornou directora de operações da organização. Em 2018, foi nomeada para o conselho do Twitter. Também preside ao conselho da Gavi, organização internacional que visa reunir os setores público e privado para melhorar o acesso às vacinas.
“Estou muito feliz por estar na ronda final da campanha da WTO [para directora geral]”, afirmou a candidata, esta quinta-feira. “Obrigado, membros da OMC pelo apoio contínuo à minha candidatura”, reforçou.
Okonjo-Iweala enfrentará Yoo, a primeira mulher a exercer funções de ministra na pasta do Comércio, na Coreia do Sul. A candidata coreana também já veio sublinhar o quanto está “profundamente grata e honrada por ter sido seleccionada para a ronda final no processo de selecção do próximo director geral da WTO”.
Ficará assim nas mãos de uma destas senhoras, o controlo de uma organização que tem lutado para evitar conflitos comerciais entre os Estados membros, e mais recentemente entre os Estados Unidos e a China.
Terá ainda a árdua tarefa de lutar contra as consequências da pandemia do novo coronavírus, que atingiu fortemente o comércio e desencadeou uma profunda recessão global.
A OMC foi criada em 1995 com o objectivo de promover o comércio aberto para o benefício de todos, negociando e administrando regras para o comércio internacional, sempre visando resolver disputas entre os seus 164 membros.