A primeira fase da Base Logística de Pemba (PLB) – destinada a apoiar a perfuração de petróleo e gás e a logística no norte de Moçambique – está prestes a ser concluída e o projecto, que ainda não assegurou quaisquer clientes, está agora a concorrer para o apoio logístico às campanhas de exploração e desenvolvimento dos projectos LNG das Áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma.
“Participámos em vários concursos e esperamos obter em breve um ‘feedback’ positivo”, disse Francesco Bianchi, director comercial e de marketing da ENHILS – a ‘joint venture’ entre a empresa de serviços petrolíferos italo-nigeriana Orlean Invest e a ENH Logistics, uma subsidiária da empresa petrolífera nacional de Moçambique, que é proprietária e operadora do projecto PLB. “Uma resposta positiva do mercado poderia ajudar os accionistas a continuarem a investir na expansão da infra-estrutura portuária”.
A Total, que está a avançar com a construção do projecto Moçambique LNG, disse a Zitamar que prevê utilizar os portos de Nacala e Pemba para as suas operações, incluindo a perfuração, em vez da PLB. Está também a construir uma instalação marítima “offshore” no local de Afungi.
A ExxonMobil ainda não chegou ao FID no seu projecto de GNL da Área 4 Rovuma – e não se espera que chegue até 2022. Nem ela, nem o operador conjunto da Área 4, Eni, quiseram comentar se iriam utilizar o PLB. Contudo, a Eni assinou um acordo com a CFM, empresa estatal moçambicana de portos e caminhos-de-ferro, em 2018, para utilizar o seu porto existente em Pemba para a perfuração do campo de Coral Sul na Área 4.
O acordo começou em 2018 e destinava-se a durar “em princípio três anos ou até que a Base Logística de Pemba começasse a funcionar”, disse na altura o porta-voz do CFM, Adelio Dias, à Zitamar. Outros serviços para o projecto Coral FLNG serão executados através do porto de Nacala – um porto de águas profundas a 420 km a sul de Pemba por estrada.
A primeira fase da construção da PLB inclui a construção de um cais de 300 metros, o edifício de escritórios, e instalações para a montagem de equipamento submarino. Os elementos finais da primeira fase de construção – uma estrada de acesso e a chamada Zona Aduaneira – deverão estar prontos em Dezembro, disse Bianchi.
