Moçambique aumentou em 4% o proveito obtido por cada dormida em unidades turísticas em 2019 face ao ano anterior, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em 2019, cada dormida representou um proveito médio de 5 893,29 meticais, o que correspondeu um aumento de 4% face ao ano de 2018, em que o valor foi de 5 643,23 meticais”, refere-se no novo boletim sobre Estatísticas do Turismo 2019, consultado hoje pela Lusa.
Do total da facturação das empresas do sector, 46,6% foi obtida através de alojamento, 43,5% graças à restauração e similares e 9,9% através de outras actividades.
“Por província, o destaque vai para a Cidade de Maputo com 73% do volume de negócios total, Cabo Delgado com 7% e Inhambane com 4,3%, enquanto que as províncias de Niassa e Tete com 1% e 1,2%, respectivamente, foram as que tiveram menor volume”, acrescenta.
O parque de alojamento e restauração (quantidade de espaços) diminuiu em quase todas as 11 províncias, com excepção de Inhambane (mais 17,2%), Nampula (mais 1%) e Cidade de Maputo (mais 0,4%).
As províncias de Tete (6,2%), Sofala (7,0%) e Gaza (10,2%) registaram taxas de ocupação muito abaixo da média nacional
Ao mesmo tempo, a taxa de ocupação global dos alojamentos registou um decréscimo de 4,5 pontos percentuais face a 2018.
A nível nacional, a taxa passou de 25,3% para 20,8%, sendo que em termos individuais, por divisão territorial, a Cidade de Maputo manteve a maior taxa de ocupação, com 32%, seguida pela Província de Maputo com 30,3% e Cabo Delgado com 21,1%.
Apesar de parte da província nortenha de Cabo Delgado estar a braços com uma crise humanitária, com mais de mil mortos e 250 mil deslocados devido a conflitos armados com rebeldes, a província acolhe o maior investimento privado em África (cerca de 25 mil milhões de dólares) em extracção e processamento de gás natural.
“As províncias de Tete (6,2%), Sofala (7,0%) e Gaza (10,2%) registaram taxas de ocupação muito abaixo da média nacional”, nota a publicação.
O boletim retrata a situação antes de declarada a pandemia de covid-19, que este está a fazer os números caírem a pique, segundo têm anunciado as associações patronais.
Agência Lusa