O director geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse esta terça-feira, que uma vacina contra o novo coronavírus pode estar pronta até ao final desde ano de 2020, avança a agência ‘Reuters’.
Em declarações públicas sobre o final de uma reunião de dois dias do Conselho Executivo da OMS no âmbito da pandemia do covid-19, o responsável afirmou: “Vamos precisar de vacinas e há esperança de que até ao final deste ano possamos ter uma. Há esperança”, sublinhou sem dar mais detalhes sobre o assunto.
Esta perspectiva otimista da OMS relativamente à crise de saúde pública tem sido uma constante. Recorde-se que num artigo de opinião publicado na semana passada no jornal britânico, ‘Independent’, Tedros sublinhou que “a licção mais importante é sempre a mesma: qualquer que seja a etapa da pandemia num país, nunca é tarde demais para mudar o rumo das coisas”.
Apesar do aumento substancial do número de casos, numa altura em que o covid-19 já infetou mais de 35,5 milhões de pessoas e causou mais de um milhão de mortes, o responsável tenta passar uma mensagem de “esperança” e tranquilidade. “Este é um momento difícil para o mundo, mas há rasgos de esperança que nos encorajam agora e num futuro próximo”, escreveu.
“Mais de um milhão de pessoas já perdeu a vida por causa do covid-19, e muitas outras sofrem devido à pandemia”, disse o especialista, sublinhando também a rapidez, sem precedentes, com que o mundo conseguiu desenvolver testes e mobilizar-se para encontrar vacinas eficazes e seguras o quanto antes.
Tedros defendeu ainda a importância do “investimento sustentável» nos sistemas de saúde pública para combater o vírus com sucesso. “Embora o continente americano até agora tenha sido o mais afectado, o Uruguai relatou o menor número de casos e mortes na América Latina, tanto no total como per capita”, precisamente devido à “robustez” do seu sistema de saúde.
“Isto não é por acaso, o Uruguai tem um dos sistemas de saúde mais robustos e resilientes da América Latina, com investimentos sustentáveis baseados no consenso político sobre a importância de investir na saúde pública”, acrescentou.