O jardim zoológico científico de Varsóvia, na Polónia, – um dos mais movimentados da Europa com cerca de um milhão de visitas anuais – anunciou, na quarta-feira que vai começar a dar canábis medicinal aos seus elefantes como parte de um projecto-piloto inovador para testar como a droga reduz os níveis de stress.
A veterinária responsável pelo projecto, Agnieszka Czujkowska disse que a planta medicinal tem sido usada em todo o mundo para tratar cães e cavalos, mas “esta é provavelmente a primeira iniciativa para este tipo para elefantes”.
Os três elefantes africanos do jardim zoológico – onde existem mais de 11 mil animais e 500 espécies – vão receber doses líquidas de alta concentração do relaxante canabinoide CBD através dos seus troncos.
A veterinária disse que o CBD não causa euforia nem efeitos colaterais prejudiciais ao fígado e rins.
“É uma tentativa de encontrar uma nova alternativa natural aos métodos existentes de combate ao stress, especialmente os medicamentos farmacêuticos”, disse Czujkowska.
As doses iniciais serão comparáveis às administradas em cavalos: um frasco com uma dúzia de gotas de óleo de CBD, duas ou três vezes ao dia.”A fêmea Fryderyka já teve a oportunidade de experimentar e não rejeitou”.
A fonte referiu que o projecto chega num momento oportuno, já que os elefantes do jardim zoológico tiveram recentemente que lidar com a morte da sua fêmea alfa.
O jardim zoológico monitoriza o stress dos elefantes ao verificar os seus níveis hormonais e através de observação comportamental.
Czujkowska disse que levará cerca de dois anos antes que a sua equipa tenha resultados conclusivos.
Se for bem-sucedida, a iniciativa poderá ser testada com outros animais que vivem em cativeiro.
“Ao contrário do que alguns poderiam imaginar, os elefantes não vão fumar em cachimbos nem vão receber enormes barris” ajustados ao seu tamanho, disse Czujkowska.
As doses iniciais serão comparáveis às administradas em cavalos: um frasco com uma dúzia de gotas de óleo de CBD, duas ou três vezes ao dia.”A fêmea Fryderyka já teve a oportunidade de experimentar e não rejeitou”.
A caça furtiva dizimou a população mundial de elefantes, que caiu em África de vários milhões na viragem do século XIX para cerca de 400 mil actualmente.
Inaugurado a 11 de março de 1928, as raízes do Zoológico de Varsóvia remontam a zoológicos privados do século 17, e durante a Segunda Guerra Mundial, serviu de esconderijo para cerca de 300 judeus e fugitivos do Gueto de Varsóvia. O zoológico foi bombardeado regularmente em Setembro de 1939, e muitos animais morreram. Depois de passar um longo período encerrado, o zoo reabriu as suas portas em 1949 com a reintrodução de novos animais.
DN