A Organização de Países Exportadores de Petróleo reúne vários ministros dos seus estados-membros para avaliar os resultados da sua política de contenção da produção, bem como o cumprimento da mesma por parte dos vários países que a compõem, isto numa semana em que a cotação do bem chegou ao valor mais alto desde o início da pandemia.
Os estados-membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), bem como aliados como a Rússia que constituem o chamado OPEP+, reuniram-se esta quarta-feira para acertar a estratégia de produção deste bem. A reunião surge na semana em que o “ouro negro” atingiu a sua cotação mais alta nos últimos cinco meses.
A OPEP+ prevê que os níveis de procura mundial por petróleo atinjam “97% da procura pré-pandemia no quarto trimestre de 2020”, afirmou o Príncipe saudita Abdulaziz bin Salman. No entanto, um documento a que a Reuters teve acesso identifica a possibilidade de uma segunda vaga prolongada de Covid-19 como uma ameaça séria à recuperação do mercado do crude.
A expectativa para a reunião era que a política conjunta de produção da organização não sofra grandes alterações, já que a OPEP tem vindo a promover subidas de preço do petróleo através de cortes na produção, mais notoriamente a redução da produção em 10%, fruto de um acordo conseguido em Abril. No entanto, um dos pontos principais da reunião prende-se precisamente com o cumprimento desta política por parte de países como Angola, o Cazaquistão, o Iraque ou a Nigéria, avança a Reuters.
A organização fala em 95% de conformidade com o acordo no último mês de Julho, pode-se ler num relatório. “Devemos trabalhar para colocar este regime temporário para trás de nós, escoando toda a produção em excesso dos últimos tempos até ao final de Setembro”, defendeu o Príncipe bin Salman.
O barril de brent, a referência para o mercado europeu, foi negociado durante esta quarta-feira perto dos 45 dólares, um valor bem acima dos mínimos de 21 anos verificados em Abril, quando o valor do crude bateu nos 16 dólares por barril.