A Amazon acaba de anunciar que a Federal Communications Commission (FCC), o órgão regulador do sector das telecomunicações nos Estados Unidos, aprovou o pedido da empresa para o desenvolvimento do Projecto Kuiper, uma rede de satélites para fornecimento de internet de alta velocidade.
Anunciado em 2019, o projecto tem como objectivo colocar 3 236 satélites em órbita a diferentes altitudes: 784 satélites a 590,6 km da superfície; 1 296 satélites a 610 km; e 1 156 satélites a 629 km da superfície. De acordo com a Amazon estima-se que a área de cobertura da conexão desses satélites possa cobrir 95% da população do planeta.
No total, a Amazon vai investir 10 biliões de dólares no projecto o qual irá ser implementado de forma faseada. O documento de aprovação emitido pela FCC indica que pelo menos metade dos satélites deverá ser colocado no espaço até 2026 devendo todo o projecto estar operacional a partir de 30 de Julho de 2029. Além disso, a Amazon fica obrigada a tirar os equipamentos de órbita após o fim do seu tempo de vida operacional de modo a não contribuir para o aumento do “lixo espacial”, um factor que tem vindo a preocupar a comunidade internacional.
Ainda não há informação sobre o tipo de satélites que serão usados pela Amazon nem foram divulgados outros detalhes como, por exemplo, as velocidades de download e upload que serão oferecidas.
O Projecto Kuiper irá ser lançado inicialmente nos Estados Unidos e depois em todo o mundo. O serviço será oferecido a clientes domésticos, mas também a escolas, hospitais, empresas e outras organizações.
“Ainda existem muitos lugares onde o acesso à banda larga não é confiável ou onde não existe de todo”, disse Dave Limp, vice-presidente sênior da Amazon. “O Kuiper vai mudar isso”, acrescentou.
Este projecto da Amazon vai ter como principal concorrente a Starlink, de Elon Musk, a qual lançou, no passado mês de Junho, mais 60 satélites para o espaço totalizando assim, neste momento, uma presença de 480 unidades. O objectivo da Starlink, a longo prazo, é colocar em órbita 12 mil satélites para fornecimento de internet a todo o planeta.