A joalharia Courbet, situada numa das zonas mais emblemáticas e luxuosas de Paris, a Place Vêndome, tornou-se na primeira loja a vender exclusivamente diamantes desenvolvidos em laboratório. Estes diamantes – designados LGD (Lab Grown Diamonds) – têm vindo a ser objecto de uma procura crescente na sequência dos movimentos recentes – em especial por parte das gerações mais novas – em prol de produtos “éticos e sustentáveis”.
Apostando num design sofisticado e disponíveis a um preço bastante mais acessível, estes diamantes procuram corresponder à expectativa destes novos consumidores que aspiram a uma “joalharia que reflicta os seus valores éticos e morais”.
De acordo com estudos recentes, estima-se que o mercado dos LGD irá crescer nos próximos anos podendo atingir os 3 biliões de euros em 2023 e chegar a 8.6 biliões de euros em 2025.
Entretanto, marcas de prestígio como a Swarovski estão também a expandir a sua linha de diamantes criados em laboratório. Desde 2016 que a empresa austríaca vem produzindo diamantes produzidos em laboratório tendo recentemente ampliado sua linha de produtos com uma série de diamantes coloridos. Segundo a empresa, a nova colecção apresenta diamantes redondos em 16 tons, divididos em quatro secções, inspiradas na moda, na arte, na música e na arquitectura. Entre os destaques da nova linha estão vários diamantes rosa e vermelho, os mais caros e excepcionais entre os diamantes encontrados na natureza.
Desde 2013 que a Chopard apoia a mineração artesanal através da iniciativa Journey to Sustainable Luxury e, em 2018, anunciou que ia usar apenas ouro 100% ético nas suas jóias e relógios
Os diamantes coloridos criados em laboratório da Swarovski estão disponíveis nos tamanhos de 0,25 a 1,50 quilates, com cores seleccionadas de até 2,50 quilates. A cor é induzida através de tratamentos padrão, como irradiação e recozimento, e pedras acima de 0,70 quilates são acompanhadas por um relatório de certificação do Instituto Gemológico Internacional.
Refira-se ainda que, no quadro desta movimentação por um “luxo ético”, a Chopard, marca suíça de joalharia de luxo que todos os anos marca presença com as suas jóias na passadeira vermelha dos Óscares, em Hollywood, e fabrica os troféus Palma de Ouro do festival de Cinema de Cannes, deu mais um passo no caminho rumo à sustentabilidade. Há dois anos que só usa ouro 100% ético nas suas coleccões e acaba de assinar, já em 2020, uma parceria com a Swiss Better Gold Association com o objectivo de adquirir ouro através dos mineiros artesanais colombianos, os Barequeros de El Chocó, na Colômbia.
El Chocó é a segunda maior região produtora de ouro na Colômbia, mas também uma das mais pobres do país. Os Barequeros são mineiros artesanais, entre os quais 46% são mulheres. Na sua actividade, são usadas técnicas locais tradicionais de mineração com equipamentos manuais e, não usam mercúrio, protegendo assim a biodiversidade da região, que é uma das únicas do mundo.
Desde 2013 que a Chopard apoia a mineração artesanal através da iniciativa Journey to Sustainable Luxury e, em 2018 anunciou que ia usar apenas ouro 100% ético nas suas joias e relógios. A partir desta data, a Chopard anunciou a criação de uma cadeia de fornecimento de ouro 100% ético para todas as suas criações de relógios e jóias. A Chopard foi a primeira casa de relojoaria e joalharia de luxo a apoiar diretamente as comunidades de mineração, fornecendo treino, bem-estar social e apoio ambiental