O ouro subiu para o nível mais alto da última semana, esta quarta-feira, mantendo-se confortavelmente acima do nível principal dos 1 800 dólares, devido ao aumento da procura de activos ‘refúgio’, alimentada pelas preocupações sobre as tensões entre os EUA e a China e o seu impacto na economia global, já pressionada pela pandemia do Covid-19.
O ouro subiu 0,1%, para 1 809,61 dólares por onça, atingindo o nível mais alto desde 9 de Julho, com 1 814,40 dólares. Os contratos futuros de ouro nos EUA estavam estáveis em 1 813,10 dólares.
“O agravamento das relações EUA-China está a impulsionar a procura por investimentos em ouro”, disse Jigar Trivedi, analista de commodities da corretora Anand Rathi Shares, de Mumbai, à ‘CNBC’, acrescentando que as tensões levantam preocupações de que a tão desejada recuperação económica possa demorar mais do que o esperado.
No entanto, o ouro pode sofrer uma correcção a curto prazo, diante da possibilidade, e esperança, de que seja validada uma vacina contra o Covid-19″, reforçou Trivedi.
Como que a “injectar mais combustível” na ascensão do ouro, também o dólar caiu 0,3%.
A compra de activos seguros ajudou o ouro a manter esta sua trajectória positiva, resistindo até aos ganhos nas bolsas de valores impulsionados pelo optimismo em torno de uma vacina experimental para Covid-19 produzida pela empresa americana Moderna.
“Enquanto os preços permanecerem acima do nível de 1 800 dólares, o ouro poderá chegar a 1 815 dólares”, disse o analista da FXTM, Lukman Otunuga, acrescentando que se “os 1 800 dólares se revelarem um apoio não confiável, o metal precioso poderá sofrer uma correcção técnica regressando para um intervalo entre os 1 765 a 1 780 dólares”.