A Amazon está a lançar para o mercado uma nova frota de camiões maiores e de caixa forte, como os das rivais UPS e FedEx, à medida que luta para corrigir atrasos generalizados de entrega causados pela pandemia, que enviou clientes para os concorrentes como o Walmart.
O maior revendedor online do mundo encomendou mais de 2 200 camiões de entrega “walk-in” Utilimaster da Shyft Group, uma empresa de veículos especiais com sede em Michigan, segundo uma porta-voz da Amazon citada pela Reuters. A empresa recusou-se a dizer quantos dos veículos foram enviados para as empresas de entregas da Amazon, ou para onde seriam instalados.
A Amazon está sob pressão para fazer as entregas entre um e dois dias prometidos aos clientes que subscrevam o seu serviço anual Prime de 119 dólares. As encomendas de comida, computadores, brinquedos e equipamentos de exercício aumentaram depois de vários Estados terem emitido medidas de restrição e confinamento para combater a pandemia do covid-19, sobrecarregando a rede da Amazon e acrescentando dias e até semanas aos prazos de entrega.
Os motoristas destacados para os novos camiões apresentaram à Reuters materiais de formação da J.J. Keller & Associates, empresa de consultoria em segurança e conformidade sedeada no Wisconsin, que confirmou que a Amazon é um cliente.
Os motoristas já habituados aos novos veículos disseram que podem transportar mais e maiores embalagens do que a Mercedes-Benz, Fiat Chrysler, e Ford
Um dos novos camiões da Amazon foi visto recentemente a operar em Chicago, de acordo com a Reuters.
Enquanto a Amazon comprou os veículos no ano passado, os camiões da marca estão estacionados há meses em vários locais nos Estados Unidos, incluindo em parques da Amazon em Nova Jersey e na Califórnia. A empresa não quis dizer por que razão esperou tanto tempo para lançar a nova frota.
Os motoristas já habituados aos novos veículos disseram que podem transportar mais e maiores embalagens do que a Mercedes-Benz, Fiat Chrysler, e Ford.
Dois condutores, que recusaram ser identificados por receio de represálias, optaram por não mudar para os novos veículos porque são mais pesados e mais difíceis de manobrar do que as carrinhas da Amazon.
A Amazon ficou sob pressão no ano passado por não ter treinado adequadamente os motoristas que trabalham para a sua rede de fornecedores de serviços em rápido crescimento.
A Amazon suspendeu o seu programa upstart Amazon Shipping para pacotes não-Amazon em Junho para dar prioridade às entregas aos seus próprios clientes.
A Amazon recusou-se a dizer se a nova frota seria utilizada para retomar esse serviço, que compete directamente com a UPS e a FedEx.