As famílias que têm um património financeiro de um milhão de dólares, em todo o mundo, vão sofrer uma quebra de 4% dos seus activos este ano, o que equivale a perdas de 2,75 mil milhões de dólares, de acordo com um estudo da Morgan Stanley e da empresa de consultoria Oliver Wyman.
A crise do coronavírus poderá comprometer a criação de riqueza ao longo dos próximos anos. As estimativas anteriores à epidemia de covid-19 previam um aumento de 6% da riqueza no segmento de “património líquido elevado” a partir de 2019, atingindo os 85 mil milhões de dólares, avança o Cinco Días (acesso livre).
O relatório intitulado de “Wealth Management After the Storm” explica que no cenário mais otimista, as perdas de riqueza das grandes fortunas seriam limitadas a apenas 1%, enquanto no cenário mais pessimista seriam necessários quatro anos para recuperar os níveis de riqueza de 2019. Numa perspectiva mais negativa, Morgan Stanley e Oliver Wyman desenham um horizonte de quatro anos antes de a rentabilidade regressar aos níveis de 2019, com um declínio de 10% este ano.
Os autores do estudo alertam que “a pandemia vai levar a um ano perdido” do ponto de vista da rentabilidade para este tipo de investidores. A causa principal da diminuição da riqueza dos milionários é a posição que ocupam na bolsa, uma vez que a maioria dos índices bolsistas mundiais ainda estão negativos este ano.