Alguns dos impactos da pandemia de covid-19 no Mundo serão duradouros e ficarão mesmo quando o vírus se tiver extinguido ou tiver sido criada uma vacina. Alguns deles já se fazem sentir neste momento, seja na esfera económica, social, tecnológica ou até ambiental.
Um inquérito realizado pelo Fórum Económico Mundial junto de 347 analistas de risco mostra quais as principais ameaças na sequência do novo coronavírus e a conclusão é clara: nenhuma área está livre de perigo. Olhando para os próximos 18 meses, o estudo mostra que uma recessão global prolongada é o maior risco (68,9%).
Na lista de riscos mais prováveis seguem-se mais falências (56,8%), dificuldades de recuperação por parte da indústria (55,9%), desemprego elevado (49,3%) e viagens mais restritas (48,7%). Isto significa que o top 5 das principais ameaças para o próximo ano e meio é composto por quatro factores económicos e um geopolítico.
O Fórum Económico Mundial classificou como risco um evento ou condição de carácter incerto com potencial para impactos significativamente negativos em muitos países e sectores. Ao todo, foram analisados 31 riscos de cinco categorias: economia, sociedade, geopolítica, tecnologia e ambiente.
O top 10 dos riscos mais prováveis num futuro próximo é completado por enfraquecimento das principais economias, disrupção prolongada nas cadeias de abastecimento, colapso do mercado emergente, ciber-ataques a empresas em tele-trabalho e outro surto sanitário.
Por outro lado, no fim da lista estão falta de apoio ou investimento na resposta à crise, colapso do sector de TI, recuo nos esforços globais para a descarbonização do planeta, sentimento anti-negócios elevado e agravamento dos conflitos militares a longo prazo. Todos eles com probabilidades inferiores a 10%.