Em cerca de três meses de implementação do Estado de Emergência decretado no país para conter a propagação do novo coronavírus, o Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM) revela que as empresas de telefonia também estão a registar perdas financeiras consideráveis porque os consumidores exploram mais o tráfego bonificado. O número de utilizadores também não cresceu.
Mesmo com a introdução do tele-trabalho e das aulas “online” que, em condições normais, deviam se traduzir no uso massivo das comunicações, as empresas do sector de telecomunicações estão a observar uma redução do volume de receitas na ordem de 16 por cento, cifra que contraria a tendência de crescimento que o sector registou em igual período do ano passado que foi de 13 por cento.
“Considerando que todos os subscritores, principalmente, estudantes e funcionários, têm os serviços das comunicações como solução às restrições impostas, os sistemas estão a ficar congestionados, resultando daí a redução da qualidade de produção e, consequentemente, desistência do consumo”, revela o INCM.
Num estudo feito a pedido do domingo, consta que o tráfego das comunicações nos mercados de voz, mensagens escritas (SMS) e de dados tem tido tendência crescente, mas o rendimento das empresas tende a decrescer porque grande parte do tráfego é bonificada como resposta ao estado de emergência.