O Governo nomeou Carlos Yum para director do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico da Mphanda Nkuwa, foi ontem anunciado, através de comunicado oficial.
“Com a indicação do responsável daquele Gabinete, o projecto marca um passo importante rumo ao início de diversos processos, entre eles estudos ambientais, estudos científicos, e mobilização de financiamentos visando a sua materialização”, lê-se numa nota do gabinete do ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela.
Prevista há vários anos para produção de electricidade, a ideia de Mphanda Nkuwa foi relançada em 2018 pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e poderá ser a maior barragem de Moçambique depois de Cahora Bassa, situada 60 quilómetros a jusante desta, também no rio Zambeze, interior centro de Moçambique – 1 500 quilómetros a noroeste de Maputo.
A iniciativa da construção da barragem Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa apresenta-se como um projecto estruturante para o país
Carlos Yum, engenheiro electrotécnico formado pela Universidade Eduardo Mondlane, a mais antiga instituição de ensino superior no país, era, até a data da sua nomeação, administrador da Electricidade de Moçambique.
“A iniciativa da construção da barragem Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa apresenta-se como um projecto estruturante para o país, devendo contribuir para responder ao desafio do aumento da disponibilidade de energia para o desenvolvimento económico e social e para fazer de Moçambique uma referência no fornecimento de energia na África Austral”, acrescenta o documento.
Em Setembro de 2019, o Governo moçambicano seleccionou um consórcio de quatro empresas para prestar assistência técnica na elaboração do projecto de Mphanda Nkuwa.
Em entrevista à Lusa, há um ano – após relançado o projecto – o vice-ministro da Energia e Recursos Minerais, Augusto de Sousa, referiu que a barragem de Mphanda Nkuwa deverá demorar, pelo menos, mais uma década até estar construída e em funcionamento.
Agência Lusa