Planos para aliviar as medidas impostas por causa da covid-19 vão ser aplicados até ao final de Maio, anunciou o Presidente Cyril Ramaphosa.
O Governo pretende reduzir o bloqueio do nível quatro para o nível três – de um sistema de cinco níveis – até ao final de Maio, disse Cyril Ramaphosa num discurso dirigido à nação na noite desta quarta-feira (13.05).
A proibição estrita de sair de casa por razões não essenciais permanecerá em vigor apenas em áreas com alto número de infecções.
Até agora, o país confirmou 12,074 casos de infecção e 219 mortes por covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, segundo afirmou Ramaphosa.
O Governo da África do Sul impôs um bloqueio nacional em Março para conter a propagação da doença. Sem as medidas, o Presidente disse que o número de casos no país teria sido oito vezes pior.
“Portanto, continuaremos a proceder com cautela”, afirmou o Ramaphosa, ressaltando que “o objectivo é aumentar constantemente a actividade económica, ao mesmo tempo em que implementamos medidas para reduzir a transmissão do vírus e fornecer cuidados adequados para aqueles que são infectados e precisam de tratamento”.
Infra-estrutura
As restrições deram ao país um tempo valioso para construir sua infraestrutura de assistência médica, acrescentou o chefe de Estado. Até agora, o Governo realizou 375 mil testes e 25 mil novos leitos foram disponibilizados para quarentena.
No entanto, como as pessoas ficam confinadas em casas, as autoridades registaram um número maior de incidentes de violência doméstica.
O impacto económico das restrições também foi enorme. Milhões de sul-africanos envolvidos no trabalho informal ou desempregados estão a enfrentar dificuldades, e a pobreza e a insegurança alimentar atingiram níveis mais altos nas últimas semanas.
Mesmo antes da pandemia do coronavírus, a segunda maior economia de África estava em uma situação difícil. Juntamente com o alto índice de desemprego e as flagrantes desigualdades sociais, o país luta há anos com problemas na economia e no fornecimento de energia.