A Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, a maior associação patronal do país, disse hoje que 76 empresas nacionais estão interessadas na importação e produção de material de proteção da covid-19.
“Fizemos o mapeamento e temos uma lista de 76 empresas a nível de todo o país, que estão não só interessadas em importar, mas também converter as suas capacidades de produção”, declarou o diretor-executivo da CTA, Eduardo Sengo, em conferência de imprensa.
Sengo adiantou que já há empresas a produzir viseiras e máscaras, no âmbito da prevenção da pandemia da covid-19.
O país, prosseguiu, tem também capacidade para a produção de álcool usado na desinfeção.
As empresas estão igualmente preparadas para converter a sua tecnologia para a produção de materiais de proteção do novo coronavírus, continuou.
O diretor-executivo da CTA avançou que a criação de capacidade de produção de materiais necessários para a prevenção da covid-19 iria ajudar a aliviar as pressões cambiais decorrentes da procura de moeda externa para suportar as importações.
Nesse sentido, continuou, o executivo moçambicano deve flexibilizar a disponibilização de uma linha de financiamento de 500 milhões de dólares (463,1 milhões de euros) que aprovou para o apoio às empresas que podem atuar no combate à covid-19.
“É muito importante considerar o mercado interno, dadas as restrições na disponibilidade de moeda externa”, referiu.
Moçambique tem oficialmente 46 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus, mas ainda não registo de mortes.
O número de mortos provocados pela covid-19 em África subiu para 1.298 nas últimas horas, com 27.427 casos registados da doença em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.