A cotação do barril de petróleo de referência nos EUA afundou, na segunda-feira, para terreno negativo, algo nunca antes visto.
Foi a primeira vez na história, algo nunca antes visto: a cotação do barril de petróleo de referência em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI), afundou, na segunda-feira, para território negativo,. O que levou a este deslize? A saturação da capacidade de armazenagem e a procura penalizada pela pandemia do novo coronavírus. Mas não só.
Apesar de o mercado petrolífero já estar sob pressão desde o início de março, na segunda-feira assistiu-se a uma jornada dantesca no mercado petrolífero.
Esta queda teve como origem o facto de os investidores e especuladores procurarem desesperadamente desembaraçar-se de alguns barris, com um mercado de tal maneira saturado que os locais para armazenar o petróleo começam a faltar, perante uma procura inexistente.
Porém, outros investidores e analistas apontam que a queda está relacionada com razões técnicas, uma vez que o período de negociação dos contratos para entrega de petróleo em Maio vence hoje, o que reduz o seu volume e pode exacerbar a variação da cotação. Ou seja, os investidores começaram a focar-se no contrato de Junho, “este contrato, que foi negociado mais ativamente, reflecte melhor a realidade do mercado de petróleo”, refere a CNBC.
Ou seja, na prática quem tem contratos para entrega em maio precisa de encontrar compradores físicos, o mais depressa possível. Mas com os stocks já em excesso, foram forçados a pagar para encontrarem quem ficasse com eles.
EUA vão encher reserva de petróleo para aproveitar queda do preço
Os EUA vão aproveitar a queda histórica do preço do petróleo para adquirir 75 milhões de barris para a sua reserva estratégica, anunciou o Presidente do país, Donald Trump.
“Vamos encher a nossa reserva estratégica de petróleo (…) e pensamos colocar até 75 milhões de barris nas reservas, o que as encherá”, afirmou Trump, durante a conferência de imprensa diária consagrada à pandemia do novo coronavírus.
Agência Lusa