A Universidade de Oxford está a recrutar voluntários para testar uma vacina contra a covid-19 que está a desenvolver. O objectivo é testar 500 pessoas já no próximo mês de Maio, disse à revista cientifica Lancet Sarah Gilbert, professora na universidade britânica.
Numa primeira fase, os testes vão abranger voluntários com 18 a 55 anos que estejam em estágio inicial ou intermédio da doença, sendo depois alargados a pessoas mais idosas. No total das três fases previstas pela universidade deverão ser testados cerca de 5 mil voluntários.
“O melhor cenário é que, no outono de 2020, tenhamos um resultado de eficácia da fase 3 [a que envolve voluntários mais velhos] e a capacidade de fabricar grandes quantidades da vacina”, revelou Sarah Gilbert à Lancet, citada pela Bloomberg. Porém, a investigadora sublinhou que estes prazos são o “melhor cenário” e “bastante ambiciosos” estando, por isso, sujeitos a alterações.
“O melhor cenário é que, no outono de 2020, tenhamos um resultado de eficácia da fase 3 [a que envolve voluntários mais velhos] e a capacidade de fabricar grandes quantidades da vacina”,
A primeira fase do estudo da Universidade de Oxford vai dividir os cerca de 500 voluntários em cinco grupos que serão observados durante seis meses, com a opção de acompanhamento de até um ano após o início dos testes.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem 70 vacinas contra o novo coronavírus a ser desenvolvidas em todo o mundo, com três delas já em fase avançada, uma vez que estão já a ser testadas em seres humanos.
Numa altura em que várias empresas farmacêuticas lutam para tentar chegar a uma vacina que resulte no combate ao novo coronavírus, a que está numa fase mais avançada parece ser a CanSino Biologics, de Hong Kong.
As outras duas que estão já a ser testadas em seres humanos pertencem às norte-americanas Moderna e Inovio Pharmaceuticals, segundo um documento divulgado pela OMS.