O Templo de Zeus é uma visita imprescindível, em Atenas. É o mais antigo e o maior dos templos da antiguidade em Atenas. Sua construção começou no século VI a.C. e só foi concluída no reinado de Adriano. Em seu apogeu foi um dos maiores e mais famosos templos gregos.
O primeiro templo erguido no local se deve ao tirano Pisístrato. Logo depois da morte de Pisístrato seus filhos Hípias e Hiparco o demoliram para dar lugar a uma construção maior, projectada por Antístates, Calescro, Antimáquides e Porino.
Tinha um estilo dórico e se elevava sobre um pódio de 41 m x 108 m, com uma série dupla de colunas na frente e nos fundos, e uma série simples nos lados. Com a abolição da tirania o trabalho foi interrompido, ainda incompleto.
Durante o período da democracia nada se fez nele, e Aristóteles, em sua Política, dava o templo como um exemplo de como os tiranos mantinham a população ocupada com obras monumentais a fim de que não tivesse tempo ou energia para rebeliões.
Somente em 174 a.C. a construção foi retomada, por ordem de Antíoco IV Epifânio, que se considerava uma encarnação de Zeus.
O arquitecto Décimo Cossúcio alterou o projecto e acrescentou uma série de colunas na frente e nos fundos e uma outra nos lados, perfazendo um total de 104 colunas de 17 m de altura e 2m de diâmetro. O seu estilo foi igualmente alterado para o jônico, e em vez do calcário foi adotado o custoso mármore pentélico. Com a morte do rei o projecto foi mais uma vez abandonado.
No saque de Atenas por Lúcio Cornélio Sula em 86 a.C. a construção foi espoliada, e algumas de suas colunas acabaram sendo usadas no templo de Júpiter Capitolino, em Roma. Augusto tentou terminar a obra, mas somente Adriano o conseguiria.
Ele acrescentou uma enorme estátua de ouro e marfim de Zeus, e o adornou de estátuas de deuses e personificações das províncias romanas. Em gratidão o povo de Atenas ergueu uma estátua colossal do imperador atrás do templo, que foi consagrado em 132, ocasião em que Adriano adoptou o título de Panhellenios (de todos os gregos).
Novamente o templo sofreu no saque de Atenas de 267, promovido pelos hérulos. Possivelmente não foi restaurado depois disso, mas de qualquer forma foi desactivado com a supressão do paganismo em 425 por Teodósio II, que usou parte do material para erguer uma basílica cristã nas proximidades.
Desde então o templo foi sistematicamente depredado para retirada de mármore para outras edificações em Atenas, e quando Ciríaco de Ancona o visitou em 1436 só encontrou 21 das 104 colunas originais.
Uma outra coluna desapareceu durante o governo turco de Tzisdarakis, que usou o mármore para decoração de uma mesquita em Monastiraki.
Hoje restam apenas 15 colunas em pé, e uma outra caída ao solo.